Por Augusto Ribeiro , Coordenador de Logística. No comércio internacional, o fortalecimento da cadeia logística passa, cada vez mais, pelo controle direto das operações portuárias. Em um movimento estratégico, os grandes armadores têm investido diretamente em terminais portuários, transportadoras e agentes de carga, buscando mais eficiência, previsibilidade e competitividade. No último ano, esse cenário ganhou novos capítulos importantes: • CMA CGM , um dos maiores armadores globais, adquiriu 48% das ações da Santos Brasil, operador que possui unidades em Santos (SP) e Imbituba (SC). • MSC , líder mundial em transporte marítimo de contêineres, ampliou sua presença no Brasil ao adquirir 56,47% da Wilson, Sons , que opera terminais na Bahia e no Rio Grande do Sul. A MSC, por meio da sua subsidiária Terminal Investment Limited (TIL), já participa também da operação de terminais como Portonave (Navegantes, SC), Multirio (Rio de Janeiro, RJ) e TVV (Vitória, ES). • Maersk , o segundo maior armador do mundo, reforçou sua estratégia ao deter 30% das ações do Porto de Itapoá (SC) e ao integrar a joint venture da BTP (Santos, SP) com a MSC. Em 2024, por meio da APM Terminals, anunciou a construção de um novo porto em Suape (PE), com investimento de R$ 1,6 bilhão. Esse movimento ocorre em um contexto em que mais de 70% das embarcações chegam atrasadas ou fora das suas janelas de atracação, impactadas por fatores como acúmulo de cargas, ineficiências operacionais, congestionamento retroportuário e eventos climáticos adversos. Ter controle sobre os terminais representa, para os armadores, não apenas a redução de custos, mas também a maximização de lucros e a garantia de uma operação mais fluida. O impacto para o importador e exportador Diante dessa nova dinâmica, o importador e o exportador precisam ir além da busca pelo frete mais competitivo. É essencial considerar: • O armador: quem está por trás da operação? • A rota internacional: quais riscos e oportunidades existem no trajeto? • O terminal de destino: quem gerencia a atracação e a movimentação de cargas? A análise estratégica dessas variáveis é fundamental para garantir a eficiência logística e a competitividade dos negócios. Em um ambiente global cada vez mais integrado, entender a configuração dos investimentos portuários é tão importante quanto negociar prazos e tarifas. E você pode contar com a expertise da Sertrading para te apoiar.

Rosa Teixeira construiu sua trajetória no comércio exterior enfrentando desafios e superando barreiras. Iniciou sua carreira como secretária executiva, atuando por 13 anos até ser convidada a integrar a área financeira de uma trading. O novo desafio trouxe aprendizado, crescimento e a certeza de que estava pronta para dar passos ainda maiores. Em 2016, ingressou na Sertrading, onde hoje ocupa a posição de Gerente de Câmbio e Trade Finance. Mas sua trajetória não foi apenas sobre números e estratégias – foi também sobre navegar em um ambiente corporativo, onde todas as suas lideranças diretas, eram homens. Ao longo dos anos, Rosa experimentou diferentes estilos de gestão. Trabalhou com líderes que, em vez de impulsioná-la, disputavam espaço, limitavam sua visibilidade e dificultavam seu crescimento. Apesar de desafiador, isso, não definiu seu caminho. Foi na Sertrading que encontrou uma liderança que fez a diferença. Homens que não apenas reconheceram seu talento, mas ensinaram, incentivaram e apoiaram sua ascensão. Esse apoio transformou sua jornada e reforçou algo essencial: trazer o universo masculino, para essa discussão é fundamental. Quando líderes compreendem seu papel na equidade de carreira, eles se tornam aliados na construção de um ambiente mais justo, onde mulheres podem crescer sem precisarem lutar sozinhas. Hoje, Rosa segue conquistando seu espaço e inspirando outras mulheres a acreditarem no próprio potencial – e incentivando mais homens a fazerem parte dessa mudança.